sábado, 30 de agosto de 2008

Ouvia-se isto e a Terra parava de girar naquele instante...

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Eu fechava os olhos e mergulhava num estranho ritual de contorcionismo, a fazer lembrar sei -lá-o-quê. Deixava, de certo, qualquer um a pensar se eu o faria por dor ou por prazer.
Nada me demovia daqueles gestos, daqueles balanços… e era “sagradinho” que não conseguiria abrir os olhos até a música acabar (vá, a vodka também ajudava…).
No final, enquanto o DJ trocava o CD (era mesmo isso que acontecia, qual mesa de mistura? É pá, grande sítio aquele…) eu reparava que havia sempre uma ou outra pessoa que continuava, julgo que incrédula, a olhar para mim (e a avaliar pela forma como uma ou outra troca de olhares acabou não olhava “por mal“…eheh)
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Sempre que ouço esta música lembro-me do calor que sentia nesse momento, naquele lugar estranho e escuro. De certa forma até, repugnante. Lembro-me dos cheiros e das multidões. Lembro-me do gozo que me dava dançar daquela maneira.
Lembro-me da loucura.
Sinto-lhe o prazer.



"Há na loucura um prazer que só os loucos conhecem." (John Dryden)

7 comentários:

Anónimo disse...

Sentir a música. É fantástica a cornucópia de sensações que muitas músicas nos trazem.

Mim disse...

Grande música... quase primitiva! ;)

Ana disse...

não tem nada a ver, eu sei, mas lembrei-me logo de

são os loucos de lisboa

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Ti disse...

Podes crer, Susana!
Mim, não digas nada...lol
Ana, bem lembrado!

nando disse...

«Épá, grande sítio aquele…»
Pois é.

Ti disse...

Estavas lá, Nando? :)

nando disse...

lol
Este blogue não conta como sítio?...
;)