Independentemente de escolhas e gostos musicais, este poema sempre me pareceu estar muito... lá.
Como tudo o que é belo nesta vida, tem uma simplicidade extrema... e diz tanto:
Dos nós e laços que o mundo faz
Vai abraçando desenleado
De outros abraços que a vida dá
Vai-te encontrando na água e no lume
Na terra quente até perder
O medo, o medo levanta muros
E ergue bandeiras p'ra nos deter
Não percas tempo,
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar
Liberta o grito que trazes dentro
E a coragem e o amor
Mesmo que seja só um momento
Mesmo que traga alguma dor
Só isso faz brilhar o lume
Que hás-de levar até ao fim
E esse lume já ninguém pode
Nunca apagar dentro de ti
Não percas tempo
O tempo corre
Só quando dói é devagar
E dá-te ao vento
Como um veleiro
Solto no mais alto mar.
Mafalda Veiga - O Lume
5 comentários:
Concordo contigo. Muitas vezes é preciso despir o poema da música, da voz que o canta. Se há concilio tanto melhor, daí surge a balada.
Condiz com o cemremos...
...*
E já fiquei com a música na cabeça :)
Amo esta música. Desde há muitos anos. E ainda hoje é apenas perfeita.
Há canções que ficam para sempre. Perduram. E esta é sem dúvida, uma das eleitas.
Mafalda Veiga. Sempre
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