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Era a tarde mais longa de todas as tardes que me acontecia
Eu esperava por ti, tu não vinhas, tardavas e eu entardecia
Era tarde, tão tarde, que a boca, tardando-lhe o beijo, mordia
Quando à boca da noite surgiste na tarde tal rosa tardia
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Quando nós nos olhámos tardámos no beijo que a boca pedia
E na tarde ficámos unidos ardendo na luz que morria
Em nós dois nessa tarde em que tanto tardaste o sol amanhecia
Era tarde de mais para haver outra noite, para haver outro dia
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Meu amor, meu amor
Minha estrela da tarde
Que o luar te amanheça e o meu corpo te guarde
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
Se tu és a alegria ou se és a tristeza
Meu amor, meu amor
Eu não tenho a certeza
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Foi a noite mais bela de todas as noites que me adormeceram
Dos nocturnos silêncios que à noite de aromas e beijos se encheram
Foi a noite em que os nossos dois corpos cansados não adormeceram
E da estrada mais linda da noite uma festa de fogo fizeram
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Foram noites e noites que numa só noite nos aconteceram
Era o dia da noite de todas as noites que nos precederam
Era a noite mais clara daqueles que à noite amando se deram
E entre os braços da noite de tanto se amarem, vivendo morreram
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Eu não sei, meu amor, se o que digo é ternura, se é riso, se é pranto
É por ti que adormeço e acordo e acordado recordo no canto
Essa tarde em que tarde surgiste dum triste e profundo recanto
Essa noite em que cedo nasceste despida de mágoa e de espanto
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Meu amor, nunca é tarde nem cedo para quem se quer tanto.
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(Ary dos Santos, Estrela da tarde)
[e eu não mudava uma vírgula]
domingo, 29 de março de 2009
quinta-feira, 26 de março de 2009
segunda-feira, 23 de março de 2009
É um facto
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que a minha capacidade expressiva é directamente proporcional ao tamanho da fossa onde estou metida.
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[estou de volta]
que a minha capacidade expressiva é directamente proporcional ao tamanho da fossa onde estou metida.
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[estou de volta]
quinta-feira, 12 de março de 2009
Um dia destes...
Um dia destes ainda volto, com vontade de escrever...
[um dia destes ainda voltas, com vontade de me ter]
quinta-feira, 5 de março de 2009
quarta-feira, 4 de março de 2009
Toca o telemóvel
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Não conheço o número. É de um telefone fixo, com indicativo da zona de Lisboa. Atendo, ninguém responde. Desligam.
Por curiosidade, e longe de imaginar o que iria descobrir, meto o número no Google.
APAV (Associação Portuguesa de Apoio à Vítima).
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APAV?!
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[Não é suposto serem as vítimas a ligar para lá? :) ]
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